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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

1ª BIENAL DE FOTOCÓPIAS – Argentina/ Mendoza, 2009.




Ocorreram de 02 a 09 de novembro de 2009, as Intervenções Urbanas da I BIENAL DE FOTOCÓPIAS na Argentina. O evento organizado pelo coletivo La Arãna Galponera tem como objetivo experimentar o espaço público como uma construção coletiva. Artistas do mundo todo enviaram seus projetos por email para serem impressos e incorporados aos trabalhos de outros artistas. Todos os trabalhos aceitos foram colados nos muros da cidade de Mendoza.
Nessa edição, dois dos trabalhos escolhidos foram das séries “Espaços de Intransição” e “Uso obrigatório de máscaras”.


Cartazes das séries “Espaços de Intransição” e “Uso obrigatório de máscaras” fizeram parte da Bienal na Argentina.



Da série "Uso obrigatório de máscaras". A máscaras de gás - uma relação de sobrevivência em meio à “poluição” de falsas imagens, que sugerem a necessidade de uma assepsia visual dos mecanismos de consumo.

USO OBRIGATÓRIO DE MÁSCARAS - é um desdobramento de “Você não é isto!”, e antes de tudo, uma intervenção fotográfica que inicia partir do meu auto-retrato, manipulando, mascarando minha face sugerida pelo recorte do meu próprio rosto e exibindo ao lado de outras máscaras, não em um sentido de adequação a essa postura de aceitação, mas de evidenciar essa máscara vestida, que cada um de nós usa em seu cotidiano, criando provocações sobre diferentes máscaras, dialogando a partir da literalidade da idéia da máscara como objeto, para desdobra em outros sentidos.


Cartaz da Série "Espaços de Intransição".


ESPAÇO DE INTRANSIÇÃO - A Intervenção faz parte de uma série de ações intitulada Espaços de Intransição, elaborada a partir de frases lidas nas placas de sinalização expostas em espaços públicos, como shoping centers, restaurantes e locais de grande circulação.
Utilizo-me dessas placas de sinalização para chamar a atenção para questões urbanas, que surgem de lugares e grupos sociais distintos. A frase contida na placa de modo geral, relaciona-se com algum evento que tenha ocorrido no local escolhido.
Para a Bienal de Fotocópia a placa escolhida faz referência à cidade como um grande espaço de risco, desdobrando para essas ruas, esquinas e becos por onde serão feitas as intervenções os riscos presentes nos espaços de grande circulação e toda a violência latente nas metrópoles, que nos tolhe o direito de transitar livremente por ela, porque somos negros, pobres, homossexuais ou apenas parecidos com algum elemento suspeito e por isso freqüentemente abordados de forma truculenta pela polícia que segrega e criminaliza. Ao mesmo tempo em que nos coloca diante de um problema. Quem de nós não é suspeito? E porque não seríamos?
Isso ocorre num momento, em que a população de diversos países fica a cada dia mais descrente na autoridade policial que por definição deveria nos protege e, no entanto, nos causa temor, por não compreendermos de que lado ela está.



1ª Bienal de Fotocópias - Argentina, Mendoza - 2009.

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