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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

PROJETO Atrito: Arte, Rito, Grito - Galeria Trehodoro Braga, Centur. 2009


Evento que envolve artes visuais, música, teatro e poesia, tem como objetivo discutir os processos de criação. Para isso, durante o evento, todos os artistas convidados, são desafiados a criar algo inteiramente novo, sem planejamento prévio.
As ações vigiadas pelo público e por câmeras que registravam a ação deram a noção da dinâmica que estaria por vir.
Nesse sentido, faço uma reflexão sobre essa experiência a partir das palavras de Renato Torres, um dos idealizadores do projeto, que afirmou na ocasião do debate que “o jogo de mostra e não mostra, inviabilizou o evidenciamento do processo de construção”, esse foi o mote da discussão conduzida no debate.



Pessoalmente, acredito que o conflito se tornou mais interessante do que o próprio processo de criação sugerido pelos idealizadores do projeto, por uma inesperada e necessária abertura de espírito para o embate. Não acredito que seja possível haver evolução sem divergências, por isso afirmo que um projeto chamado ATRITO, deve ter como princípio o bombardeamento de idéias antagônicas, sem isso ele se tornaria outra coisa, possivelmente vazia de sentidos.
Esse canal aberto de conflitos em tempo real fez inclusive com que as críticas fossem feitas sem equívocos grosseiros, uma vez que diante do artista não há espaço para interpretações deturpadas. Diante disso, me vi completamente dentro de um lugar até então desconhecido, o da crítica direta.
Viva ao conflito!

Resultado da ação



O que seria de um projeto experimental em seu conceito, se todas as regras do jogo fossem inteiramente esboçadas pelos participantes? Conscientes ou não dessa subversão, nesse caso, todos os erros, se agregam ao processo de experimentação. E a possibilidade do “fracasso” é um item a ser considerado, não no sentido de derrota e sim de algo que ficou no nível dos desejos ainda latentes e por essa razão as regras do jogo também são passiveis de questionamentos.





Conduzindo o debate estavam Jorge Eiró e Val Sampaio.
Galeria Teodoro Braga, Centur.

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